Os pecados da carne levam milhões à condenação eterna
Depois de ter mostrado aos pastorinhos de Fátima a visão do inferno, Nossa Senhora disse uma coisa que iria ser das citações mais famosas de toda a Mensagem de Nossa Senhora de Fátima, que era: “Vão mais almas para o inferno por causa dos pecados da carne do que por qualquer outra razão.”
Quando pensamos em Fátima, pensamos muitas vezes na Rússia, na Consagração ao Imaculado Coração de Maria que foi pedida. Ou pensamos nos cinco avisos; pensamos nos Cinco Primeiros Sábados; e assim por diante. Mas talvez não demos atenção suficiente ao fato de que, de muitas maneiras, a Mensagem de Nossa Senhora de Fátima referia-se à revolução sexual: uma destruição da moral, destruição do casamento, da vida da família; e até ao aparecimento de modas grotescamente imodestas, que seriam profundamente ofensivas para com Nosso Senhor. É que Ela mencionou os pecados da carne.
Avisou que apareceriam certas modas que iriam ofender a Nosso Senhor. Avisou que muitos casamentos não seriam bons, não agradariam a Nosso Senhor e não seriam de Deus.
Muitos peritos de Fátima especulam e creem, e com razão, que não nos foi dada a versão não abreviada do Terceiro Segredo, ou seja, o Terceiro Segredo na sua totalidade. Concordamos com a Madre Angélica da EWTN, a emissora católica de televisão, quando disse: “Sou uma daqueles que não acreditam que nos deram todo o Terceiro Segredo depois do ano 2000.”
Estes peritos especulam que deve haver alguma coisa no Terceiro Segredo que se refere à crise na Igreja, à crise na liturgia, à desvalorização dos Dogmas da Igreja. E penso que todos os fatos apontam para essa conclusão.
Porém, Nossa Senhora de Fátima não disse que mais almas iriam para o inferno por causa de desvios doutrinais na Igreja do que por qualquer outra razão, pois não? Disse, especificou, estipulou que os “pecados da carne”, que muito A preocupavam, levariam à condenação de milhões de almas. E aqui não há contradição. Não é uma coincidência o fato de os problemas doutrinais, a quebra de disciplina nos seminários, o arrasar da vida litúrgica da Igreja, os abusos que se infiltraram na liturgia, começaram a manifestar-se mais profundamente no ano de 1960.
A década de 1960 foi muito turbulenta. E aqui tenho que pedir desculpa, porque não estou bem certo do que se estava a passar exatamente na América Latina durante a década de 1960. Calculo que fosse algo de semelhante ao que se estava a passar culturalmente nos Estados Unidos e na Europa, e que era uma enorme revolução sexual e de drogas. Por altura de 1969, por exemplo, tivemos o “verão de amor”. Tivemos o que se chamou Woodstock. (Woodstock significa alguma coisa para os Senhores Padres? Não sei se estão todos a par das notícias que circularam sobre Woodstock. Estou a notar que dizem que sim com a cabeça). Hão-de recordar-se o que significou Woodstock. O que representou. Mas o que teria sido Woodstock, esse grande ícone cultural da revolução contra a família, contra a sociedade, contra o Estado, e eventualmente contra Deus, o que teria sido, digo, se não fosse a música de rock? Sem a música que foi o motor da revolução da década de 1960? Mais uma vez, na década de 1960, a revolução sexual do rock-and-roll.
Por outras palavras, Nossa Senhora de Fátima preocupava-se em especial com o fato de a grande autoridade moral do mundo, a única autoridade moral do mundo, a Igreja Católica, iria passar por um período a que o Papa Paulo VI chamou de “auto-demolição”.
E dessa auto-demolição, ou auto-destruição, resultaria uma revolução universal contra a moralidade cristã. Uma revolução universal contra a cultura cristã. E, de fato, é isso a que temos assistido nos últimos cinquenta anos: as pessoas a serem levadas à complacência sexual, à auto-gratificação, aos pecados da carne. Nossa Senhora de Fátima estava certamente preocupada com a devastação moral que levaria à condenação de milhões de almas.
Sabendo agora o que sabemos sobre a década de 1960, não é para admirar que, em 1946, quando perguntaram à Irmã Lúcia quando o Terceiro Segredo seria revelado ao mundo, respondeu sem hesitação que seria “em 1960”.
Em 1955, o Cardeal Ottaviani perguntou à Irmã Lúcia porque é que o Segredo não devia ser aberto antes de 1960. E ela respondeu-lhe “porque então será mais claro”.
Michael Matt. Trecho de texto retirado do site fatima.org.
Categorias: Anos 50 e 60, Moda e modéstia, Nossa Senhora de Fátima
Tags: imodéstia, impureza, nossa senhora de fátima, pecado
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Publicado em: 19 de maio de 2018.
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