Exame de consciência para confissão de adultos
Esse exame de consciência tem como objetivo ajudar os fiéis a fazer uma boa confissão. Ele é indicado para adultos (a partir de 14 anos, aproximadamente), contendo pecados específicos contra o 6º e 9º mandamentos. Ele não contém todos os pecados possíveis, como é evidente, mas serve como um guia para ajudar a esclarecer a consciência, a partir das leis objetivas da moral.
Além disso, os pecados mencionados não têm necessariamente a mesma gravidade. Alguns são por si veniais, outros mortais, outros podem ser veniais ou mortais, conforme o caso. Por exemplo, um furto pode ser um pecado mortal ou venial, dependendo da quantia furtada. Note-se que não estão incluídos aqui os pecados e deveres próprios de cada profissão, como médico, advogado, comerciante, etc. É preciso lembrar-se deles ao fazer o exame de consciência.
Para uma boa confissão
Faça um bom exame de consciência, pedindo a Deus a graça de conhecer os próprios pecados e de se arrepender deles. Arrependa-se dos seus pecados, reconhecendo a ofensa causada a Deus, o mal para si mesmo e detestando os pecados.
Tenha um firme propósito de não mais tornar a pecar. Faça uma confissão com acusação íntegra dos pecados, dizendo todos os pecados mortais, sua espécie e quantas vezes foram cometidos. A ocultação deliberada de um pecado mortal torna inválida a confissão. Aceite a penitência imposta.
Oração para antes do exame de consciência
“Senhor Deus onipotente, prostrado humildemente diante da vossa divina majestade, vos rendo infinitas graças por todos os benefícios que de vossa inefável bondade tenho recebido, e em particular por me terdes criado, conservado, remido e cumulado de tantos bens e mercês, muitos dos quais eu ignoro.
Rogo-vos, Senhor, humildemente, que vos digneis conceder-me luz abundante para conhecer todas as faltas e pecados, com que vos tenho ofendido, e graça eficaz para me arrepender e me emendar.”
Antes de começarmos com os dez mandamentos
- Há quanto tempo você fez a sua última confissão? Você recebeu absolvição? Você cumpriu sua penitência?
- Você deliberadamente ocultou um pecado mortal, ou confessou sem arrependimento verdadeiro, ou sem um firme propósito de correção, ou sem a intenção de cumprir sua penitência? Você, após essa má e inválida confissão, recebeu a Santa Comunhão em estado de pecado mortal? Quantas dessas Confissões e Comunhões sacrílegas você fez?
- Você, em estado de pecado mortal, recebeu qualquer outro Sacramento?
I Mandamento: “Eu sou o Senhor teu Deus, não terás outro Deus diante de Mim”
Os pecados contra o primeiro mandamento são os seguintes:
- Negligência na oração (distrações voluntárias, poucas orações);
- Ficar mais de um mês sem rezar;
- Ingratidão para com Deus;
- Preguiça espiritual;
- Ódio a Deus ou à Igreja Católica;
- Tentar a Deus (explicitamente ou implicitamente, por exemplo, expondo-se a um perigo para alma, para a vida ou para a saúde sem causa grave);
- Não se comportar adequadamente em uma Igreja (por exemplo, não fazer a genuflexão para o Santíssimo Sacramento ao entrar ou sair de uma Igreja, etc.);
- Excessivo apego a coisas/criaturas (por exemplo, afeição exagerada a animais, fanáticos por esportes, ter ídolos de TV, música, cinema, amor pelo dinheiro, prazer ou poder);
- Idolatria (adorar falsos deuses bem como honrar uma criatura no lugar de Deus: como Satanás, a ciência, os ancestrais, o país);
- Superstição (atribuição de poderes a uma coisa criada que não os possui. Muitas vezes, por ignorância das pessoas, não passa de pecado venial);
- Hipnotismo (sem causa grave);
- Adivinhação (comunicação com Satanás, demônios, mortos ou outras práticas falsas para descobrir o desconhecido, consultar horóscopos, astrologia, leitura da mão, ver a sorte, etc.);
- Atribuição de importância indevida aos sonhos, presságios, destino;
- Todas as práticas de magia (branca ou negra) ou feitiçaria (por exemplo, bruxaria, vodu);
- Usar amuletos;
- Jogar com quadros Ouija ou mesas giratórias;
- Espiritismo (falar com os espíritos);
- Sacrilégio (profanar ou tratar indignamente os sacramentos, particularmente a Santa Eucaristia, bem como as demais ações litúrgicas, profanar ou tratar indignamente pessoas religiosas, coisas santas, como os vasos sagrados ou estátuas, ou ainda lugares consagrados a Deus);
- Sacrilégio ao receber um sacramento, especialmente a Santa Eucaristia, em estado de pecado mortal;
- Simonia (comprar ou vender coisas espirituais);
- Uso profano ou supersticioso de objetos abençoados (às vezes para se manter no pecado);
- Materialismo prático (acreditar que se precisa somente de coisas materiais e desejar somente a elas);
- Humanismo ateu (que considera falsamente que o homem é um fim em si mesmo, e com supremo controle sobre sua própria história, ou completamente autônomo);
- Ateísmo em geral (rejeita, nega e duvida da existência de Deus, seja em teoria ou na prática, isto é, ignorando-O na vida diária);
- Agnosticismo (que postula a existência de um ser transcendental que é incapaz de se revelar, e sobre quem nada pode ser dito; ou não fazer nenhum julgamento sobre a existência de Deus, declarando ser impossível prová-la ou mesmo de afirmá-la ou negá-la).
Pecados contra a Fé:
- Dúvida voluntária de algum artigo da fé;
- Ignorância deliberada das verdades da fé que devem ser conhecidas;
- Falar contra uma doutrina da Igreja Católica;
- Negligência em se instruir na fé segundo o próprio estado;
- Credulidade imprudente (como dar crédito a revelações privadas muito facilmente ou acreditar em revelações privadas que foram condenadas pelas autoridades legítimas da Igreja);
- Apostasia (abandono completo da fé);
- Heresia (negar uma ou mais verdades da fé);Indiferentismo (acreditar que uma religião é tão boa quanto as demais, e que todas as religiões são igualmente verdadeiras e agradáveis a Deus, ou que se é livre para aceitar ou rejeitar uma ou todas as religiões);
- Ler ou fazer circular livros ou escritos contrários à crença ou à prática Católica de tal modo que a fé, própria ou alheia, é comprometida;
- Ouvir música cuja letra é contrária à religião católica;
- Permanecer em silêncio quando questionado sobre a própria fé (é pecado grave, se se trata da autoridade legítima que questiona);
- Tomar parte em um culto herético ou cismático;
- Ouvir a pregação de um ministro de falsa religião;
- Aderir ou apoiar grupos maçônicos ou outras sociedades proibidas (teosofia, rosa cruz, etc.. lembrar também que Rotary e Lion’s são a porta para a maçonaria).
Pecados contra a Esperança:
- Desespero da misericórdia de Deus (desistir de toda esperança de salvação e dos meios necessários para ser salvo, a não ser confundido com mero sentimento de desânimo);
- Falta de confiança no poder de Sua Graça para apoiar-nos nos apuros ou na tentação;
- Não recorrer a Deus e aos santos nos momentos de tentação;
- Nenhum desejo de possuir a felicidade eterna no paraíso ou após a vida terrena;
- Presunção (esperar pela salvação sem ajuda de Deus ou pressupor o perdão de Deus sem conversão ou esperar obter a glória do paraíso sem mérito);
- Presunção da misericórdia de Deus ou na suposta eficácia de certas práticas de piedade para continuar no pecado;
- Recusa de qualquer dependência de Deus.
Pecados contra a Caridade:
- Não fazer um ato de caridade em intervalos regulares durante a vida, particularmente em momentos de necessidade;
- Egoísmo (alguém se preocupa somente consigo mesmo, elogia-se, é interesseiro, gosta de receber elogios);
- Pensamentos deliberadamente revoltosos contra Deus;
- Jactância, orgulho do próprio pecado ou alardear o próprio pecado;
- Violar a lei de Deus ou omitir boas obras por respeito humano;
- Impaciência diante das adversidades e provações.
II Mandamento: Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão
Pecados contra o segundo mandamento:
- Desonra de Deus por uso profano ou desrespeitoso de seu Nome, ou do Santo Nome de Jesus Cristo, da Santíssima Virgem Maria e de todos os santos;
- Blasfêmia (insultar a Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo, a Igreja Católica, a Santíssima Virgem Maria ou os santos por palavras ou por gestos);
- Ouvir músicas blasfemas;
- Perjúrio (prometer algo sob juramento sem ter a intenção de cumpri-lo, ou quebrar uma promessa feita sob juramento. Grave ou não dependendo da gravidade do perjúrio);
- Fazer juramentos falsos ou desnecessários (chamar a Deus como testemunha a uma mentira. Grave ou não, dependendo da gravidade do que se jura falsamente);
- Amaldiçoar a si mesmo ou a outros (se tiver intenção de dizer realmente o que disse, há pecado grave);
- Murmurar, reclamando das disposições da providência divina;
- Quebrar votos ou promessas feitas a Deus (pode ser grave, dependendo da importância do voto ou promessa);
- Irreverência na Igreja, falando durante a Missa ou em uma Igreja sem razão suficiente ou distrair os demais; vestindo-se de forma inapropriada na Igreja ou por qualquer outro comportamento impróprio.
III Mandamento: Lembra-te que deves santificar o dia do Senhor
Pecados contra o terceiro mandamento:
- Omissão da oração e do culto divino; todo trabalho servil desnecessário e tudo que impede a santificação do dia do Senhor;
- Comércio desnecessário, isto é, comprar e vender nos Domingos e Dias de Guarda;
- Profanar estes dias, por frequentar companhia impiedosa, com diversões pecaminosas, jogos de azar, dança indecente, ou excessos com bebida.
IV Mandamento: Honra teu pai e tua mãe
Pecados contra o quarto mandamento:
Para os pais:
- Odiar os filhos;
- Amaldiçoar os filhos;
- Dar escândalo a eles ao praguejar, beber, etc.
- Deixar que cresçam na ignorância, indolência ou pecado;
- Demonstrar parcialidade habitual para com os filhos sem causa;
- Adiar o batismo de uma criança (mais de um mês, é considerado, em geral, pecado mortal);
- Negligência no cuidado da saúde corporal, instrução religiosa, quanto às companhias com que andam, aos livros que lêem, diversões, etc.
- Não corrigir quando necessitam;
- Ser duro ou cruel nas correções;
- Enviar os filhos para escolas protestantes ou outras escolas perigosas (esotéricas, de outra religião);
- Negligência em conduzi-los à Missa aos Domingos e Dias Santos de Guarda e na recepção dos sacramentos.
Para as crianças:
- Toda forma de raiva ou aversão contra os pais e demais superiores legítimos;
- Desdenhar os pais;
- Desejar algum mal a eles;
- Ameaçá-los ou levantar a mão contra eles;
- Afligir os pais por ingratidão ou má conduta;
- Provocá-los à raiva;
- Ofendê-los;
- Insultá-los;
- Não ajudá-los em suas necessidades;
- Desprezo ou desobediência às suas ordens legítimas (sobretudo quanto às más companhias e diversões e quanto aos deveres de estado, como estudo).
Maridos e esposas:
- Maltrato (isto é, tratar o cônjuge sem consideração pelo bem-estar dele e sem preocupação com a caridade);
- Colocar obstáculos ao cumprimento de seus deveres religiosos;
- Negar-se a render o débito conjugal sem ter causa realmente justa para tanto;
- Falta de paciência quanto às faltas um do outro ou dureza quanto a elas;
- Ciúmes despropositados;
- Negligência nos deveres domésticos;
- Mau humor, aborrecimento sem motivo;
- Palavras injuriosas;
- Negligências na busca de meios seguros de sustento da família por causa de preguiça ou timidez.
Súditos da Igreja e do Estado:
- Desrespeitar e desobedecer aos superiores espirituais, como o Papa, os bispos e os padres da Igreja em suas ordens legítimas; comportar-se de maneira soberba e insultante em relação a eles; recusar a rezar por eles, ou pela conversão deles.
- Deixar de rezar pelo próprio país, pelo seu governo;
- Colocar o país acima de Deus;
- Tomar parte em questões subversivas (atividades revolucionárias);
- Juntar-se a alguma associação Comunista ou Liberal;
- Resistir às autoridades legais do país, tomando parte em alguma violência de multidão, ou perturbando a paz pública;
- Votar em partidos comunistas ou socialistas.
Para os empregadores:
- Não permitir aos empregados tempo razoável para o cumprimento dos deveres e instrução religiosos;
- Dar mau exemplo a eles ou permitir que outros o façam;
- Não pagar os salários legais;
- Não cuidar deles na doença;
- Demiti-los arbitrariamente sem causa;
- Imposição de políticas desproporcionadas.
Para os empregados:
- Desrespeito aos empregadores;
- Falta de obediência em matéria que se tenha obrigado a obedecer (por exemplo, cumprindo um contrato justo);
- Perda de tempo (sobretudo com internet);
- Negligência no trabalho;
- Gasto de propriedade do empregador por desonestidade, por falta de cuidado ou por negligência;
- Violar politicas do local de trabalho sem razão suficiente.
Para profissionais ou servidores públicos:
- Falta de conhecimento culpável no que se refere aos deveres do ofício ou profissão;
- Negligência na execução de tais deveres;
- Injustiça ou parcialidade.
Para os professores:
- Negligência no progresso daqueles confiados ao seu cuidado;
- Punição injusta, inconsiderada ou excessiva;
- Parcialidade;
- Mau exemplo;
- Ensino de máximas falsas ou incertas (ensinar coisas falsas como verdadeiras).
Para os estudantes:
- Desrespeito;
- Desobediência;
- Teimosia;
- Indolência, preguiça;
- Perda de tempo;
- Dar-se a distrações inúteis (festas e recreações indevidas, internet, televisão).
Para todos:
- Desprezo das leis justas do Estado e do país bem como da Igreja;
- Desobediência à autoridade legítima;
- Desobediência das leis civis.
V Mandamento: Não matarás
Pecados contra o quinto mandamento:
- Causar morte ou lesão física de alguém por ação própria, participação, instigação, conselho, consentimento ou silêncio;
- Ter a intenção de matar alguém;
- Assassinato;
- Realizar um aborto;
- Abortar, ajudar alguém a procurar um aborto (o penitente deve estar ciente que abortar, praticar ou ajudar em um aborto incorre em excomunhão, se o aborto se consumar);
- Eutanásia;
- Retirar os meios ordinários para um paciente terminal ou moribundo;
- Suicídio;
- Tentativa de suicídio, sérios pensamentos de cometer suicídio;
- Brigar;
- Rixas;
- Ódio;
- Desejo de vingança;
- Tortura humana;
- Gula (beber ou comer em excesso);
- Embriaguez (em que grau?);
- Abuso de álcool, medicamentos ou drogas;
- Colocar em perigo a vida de outros (como beber e dirigir, dirigir muito rápido, etc.);
- Colocar em risco a própria vida ou um membro do corpo sem uma razão suficiente (por exemplo, acrobacias arriscadas, roleta russa, etc.);
- Descuido em deixar expostos venenos, drogas perigosas, armas, etc.
- Mutilação do corpo, (como castração, por exemplo);
- Vasectomia, ligadura ou outro procedimento para evitar os filhos (apesar da prática muito generalizada, mesmo entre católicos, trata-se de pecado mortal, ainda que haja motivos legítimos para evitar os filhos. É preciso buscar a reversão da cirurgia, se ainda existe a possiblidade de fertilidade);
- Histerectomia (sem causa médica suficiente);
- Inseminação artificial ou fertilização in vitro ou algo semelhante (apesar da prática muito generalizada, mesmo entre católicos, trata-se de pecado mortal);
- Pesquisas científicas imorais e suas aplicações;
- Mau exemplo ou escândalo, levando outros a pecar;
- Desrespeito pelos moribundos ou pelos mortos;
- Não tentar evitar a guerra;
- Mostrar aversão ou desprezo pelos outros;
- Recusar falar com outros quando cumprimentado;
- Ignorar ofertas de reconciliação, especialmente entre parentes;
- Fomentar um espírito que não perdoa o próximo;
- Zombaria e escárnio;
- Insultos;
- Ações ou palavras irritantes;
- Tristeza pela prosperidade alheia;
- Alegrar-se pela miséria alheia;
- Inveja pela atenção dada aos outros;
- Comportamento tirânico;
- Induzir os outros ao pecado pela palavra ou pelo exemplo;
- Prejudicar a saúde pelo excesso de indulgência;
- Dar álcool aos outros sabendo que irão abusar dele;
- Vício em jogos de azar (coloca em perigo o sustento próprio ou da família?);
- Tomar contraceptivos que podem ou não ser abortivos (pílulas e outros: apesar da prática generalizada mesmo entre católicos, trata-se de pecado mortal, ainda que haja motivos legítimos para evitar os filhos);
- Uso de métodos profiláticos ou de barreira para evitar a gravidez (mesma observação do pecado precedente);
- Utilizar métodos naturais para evitar filhos possuindo uma mentalidade contraceptiva;
- Esterilização direta (vide vasectomia, ligadura de trompas e outros métodos anticoncepcionais);
- Causar morte ou sofrimento desnecessário aos animais;
VI Mandamento: Não cometerás adultério
Mencionar as circunstâncias que mudam a natureza do pecado: o sexo da outra pessoa, o parentesco, o estado (próprio e do outro) de casado, solteiro ou vinculado a um voto.
Pecados contra o sexto mandamento:
- Impureza e imodéstia nas palavras, nos olhares e nas ações, seja sozinho ou com outros;
- Contar ou ouvir piadas sujas; falar ou ouvir (consentindo) coisas indecentes, ou com duplo sentido;
- Vangloriar-se da própria imoralidade;
- Utilizar roupas imodestas (minissaias, calças apertadas, decotes arrojados, blusas e saias transparentes, biquínis, etc.);
- Comprar, alugar ou assistir filmes, programas de TV ou ler livros, revistas ou outras coisas indecentes (não somente pornografia, mas também tudo que contenha impurezas, o que é generalizado hoje);
- Expor-se voluntariamente a ocasiões de pecado por curiosidade pecaminosa, por manter companhia perigosa, por frequentar locais perigosos, diversões perigosas ou pecaminosas; por danças indecentes (quase todas as modernas) ou jogos indecentes; por familiaridade indevida com pessoas do sexo oposto;
- Manter companhia pecaminosa, ou morar com alguém que não é o cônjuge;
- Ser tentação nessa matéria para os outros, pelo modo de falar, de se comportar, de se vestir, ou insinuando-se;
- Ouvir música cuja letra é indecente ou cujo ritmo favoreça a sensualidade;
- Masturbação (é habitual?);
- Fornicação (sexo antes do casamento);
- Prostituição;
- Sodomia (práticas homossexuais);
- Outras práticas contrárias à natureza;
- Adultério (também em pensamentos);
- Divórcio;
- Poligamia;
- Incesto;
- Abuso sexual;
- Estupro;
- Beijo sensual, prolongado;
- Carícias ou preliminares fora do contexto do matrimônio ou dentro do contexto do matrimônio sem serem ordenadas à consumação do ato conjugal natural, com perigo de polução;
- Ato conjugal consumado de modo inapto à procriação;
- Negar o débito conjugal sem razão realmente legítima para tanto;
- Danças imodestas;
- Namoro sem tomar as devidas precauções para guardar a pureza e a fé;
- Namoro quando não deveria, sem a maturidade suficiente, sem intenção de casar-se.
VII Mandamento: Não roubarás
Quanto aos pecados contra a justiça, é preciso dizer ao sacerdote – o mais exatamente possível – o valor do que foi furtado/roubado, ou a quantidade dos danos causados pela sua injustiça, de modo que o padre possa julgar se os pecados são mortais ou não. Dizer se já restituiu. Sem a restituição ou o firme propósito de fazê-la, o pecado não será perdoado.
Pecados contra o sétimo mandamento:
- Roubo (quanto?);
- Pequenos furtos (por exemplo, tomar coisas do lugar de trabalhos às quais não se tem direito ou tomar dinheiro de um membro da família sem sua permissão);
- Trapacear;
- Plágio;
- Quebra de regulamentação de direito autoral (por exemplo, fotocopiar algo sem autorização e sem ter causa suficientemente séria para tanto ou com fins comerciais);
- Manter consigo objetos emprestados ou perdidos sem fazer uma tentativa razoável de restituir a propriedade alheia;
- Possessão de bens ilícitos;
- Aconselhar ou pedir a alguém que prejudique outra pessoa ou danifique seus bens;
- Danificar por descuido ou malícia a propriedade alheia;
- Ocultação de fraude, roubo ou dano quando se tem dever de dar a informação;
- Sonegação de impostos ao não pagar os impostos justos;
- Fraude comercial;
- Desonestidade na política, nos negócios, etc.
- Não pagar dívidas justas no tempo correto e não fazer os esforços e sacrifícios necessários nesse sentido, por exemplo, juntando gradualmente a quantia devida;
- Não fazer a reparação ou compensação a alguém que esteja sofrendo por danos injustos;
- Aumentar os preços tirando proveito da ignorância ou necessidade alheia;
- Usura (emprestar dinheiro a altos juros a alguém em dificuldade financeira);
- Especulação na qual alguém planeja manipular artificialmente o preço dos bens para levar vantagem com prejuízo dos demais;
- Corrupção na qual alguém influencia o julgamento daqueles que devem decidir em questões legais;
- Aceitar suborno ou oferecer suborno;
- Apropriação e uso de bens comuns de uma empresa para propósitos privados;
- Trabalho mal feito;
- Pagar salários injustos ou desprover um empregado de benefícios devidos;
- Falsificação de cheques e faturas;
- Emitir cheques sabendo que não há fundo suficiente para cobri-lo;
- Despesas e gastos excessivos;
- Não manter promessas ou acordos contratuais (sendo os compromissos moralmente justos);
- Jogar e apostar (privando-se dos meios necessários de vida para si ou para outros);
- Gasto excessivo ou desnecessário de bens, recursos, dinheiro ou fundos.
Examine se você reparou toda a injustiça feita por você mesmo. Seus pecados não serão perdoados enquanto você recusar ou deliberadamente negligenciar fazer um reparo. Se o que você adquiriu injustamente não está mais em sua possessão, devolva o seu valor. Se não puder devolver o valor inteiro, devolva pelo menos uma parte sem atraso. Se não puder devolver de uma vez, você deve ter a firme e sincera resolução de fazê-lo o mais breve possível e deve também procurar seriamente adquirir o meio de fazê-lo. A obrigação de restituição é compulsória até que seja totalmente exonerada. A restituição deve ser feita ao dono. Se o dono não puder ser achado, você deve dar o dinheiro aos pobres, à Igreja, ou a alguma obra de caridade.
VIII Mandamento: Não darás falso testemunho contra o teu próximo
Pecados contra o oitavo mandamento:
- Mentir (a mentira chegou a prejudicar alguém, gravemente ou não?);
- Dizer palavrões, grosserias;
- Vangloriar-se;
- Lisonja (bazófia);
- Hipocrisia;
- Exagero;
- Ironia;
- Sarcasmo;
- Dano injusto (sem ter justa causa) ao nome alheio seja pela revelação de faltas verdadeiras escondidas (detração); revelação de falsos defeitos (calúnia ou difamação); contando histórias ou espalhando rumores. (É preciso restituir a boa fama que foi injustamente prejudicada);
- Criticar os outros, escutar com prazer os outros sendo criticados;
- Fazer fofocas;
- Desonrar injustamente outra pessoa em sua presença (injúria);
- Julgamento precipitado (acreditar firmemente, sem razão suficiente, que alguém possui um defeito moral ou fez algo errado);
- Revelar segredos;
- Publicar (sem causa proporcionalmente grave) segredos que causem descrédito aos outros, mesmo se for verdade;
- Recusar ou demorar em restituir o bom nome que foi manchado;
- Acusações sem fundamento;
- Suspeitas infundadas;
- Julgamentos precipitados sobre os outros em nossa própria mente.
IX Mandamento: Não cobiçarás a mulher do próximo
O nono mandamento proíbe todo pensamento e desejo impuro com os quais nos comprazemos deliberadamente, pensando neles voluntariamente ou consentindo neles de bom grado quando tais paixões ou pensamentos impuros vêm à nossa mente. O penitente deve ter em mente que se deleitar deliberadamente ou consentir em qualquer pecado listado no sexto mandamento pode ter o mesmo grau de gravidade de executá-lo de fato, isto é, trata-se de pecado mortal ou venial, segundo o pecado e conforme haja plena advertência e pleno consentimento.
X Mandamento: Não cobiçarás os bens de teu próximo
Pecados contra o décimo mandamento
- Inveja (desejar os bens de outrem);
- Ciúmes (zelo para manter um bem querido longe dos outros);
- Ganância e o desejo sem limites de ter bens materiais (avareza);
- Desejo de enriquecer a qualquer preço;
- Negócios ou profissões que esperam circunstâncias desfavoráveis aos outros para que possam assim lucrar pessoalmente com isso;
- Inveja dos sucessos, talentos, bens espirituais ou temporais alheios;
- Desejar cometer injustiça prejudicando alguém para obter seus bens temporais;
- Alegrar-se ou consentir nos pecados contra o sétimo mandamento.
Preceitos da Santa Igreja
Além dos Dez Mandamentos da Lei de Deus, os fieis são também obrigados a seguir os Preceitos da Igreja. O poder de fazer estas leis vem de Nosso Senhor Jesus Cristo, e inclui tudo o que é necessário para o governo da Igreja e para a direção dos fieis, a fim de que alcancem a salvação eterna.
Primeiro Preceito: Assistir à Santa Missa todos os domingos e dias santos de guarda
São nove os dias de preceito no Brasil, já que a São José (19 de março) não o é. Muitos desses dias são transferidos para o Domingo seguinte, pelo fato de não haver feriado civil.
- Natal do Senhor (25 de dezembro)
- Circuncisão do Senhor (1º de janeiro)
- Epifania (6 de Janeiro. No Brasil, transferido para o Domingo seguinte)
- Ascensão (quarenta dias depois da Páscoa. No Brasil, transferido para o Domingo seguinte.)
- Corpus Christi (Quinta-feira depois do Domingo da Santíssima Trindade.)
- Santos Apóstolos Pedro e Paulo (29 de junho. No Brasil, transferido para o Domingo seguinte)
- A Assunção da Santíssima Virgem (15 de agosto. No Brasil, transferido para o Domingo seguinte.)
- Todos os Santos (1º de novembro. No Brasil, transferido para o Domingo seguinte.)
- Imaculada Conceição da Santíssima Virgem (08 de dezembro)
A Santa Igreja nos obriga a nos abster de todo trabalho servil nos Dias Santos de Guarda, como nos Domingos, na medida do possível. Os católicos que devem trabalhar nos Dias Santos de Guarda são obrigados a assistir a Santa Missa a não ser que sejam escusados por uma causa proporcionalmente grave. Esse preceito pode ser violado ao não assistir a Missa nos dias prescritos ou ao se chegar atrasado à Missa sem razão suficiente. Dependendo da qualidade e da quantidade do atraso, pode ser pecado leve ou grave.
Segundo Preceito: Jejuar, abster-se de carne e fazer penitência nos dias prescritos
A lei da abstinência obriga aqueles que completaram 14 anos de idade até o fim da vida. A lei do jejum obriga aqueles que atingiram sua maioridade (18 anos) até o início de seus 60 anos.
Jejuar significa comer menos comida do que normalmente se come. Nos dias de jejum, é permitido comer uma refeição completa e duas outras menores que, juntas, não passem a quantidade de uma refeição completa. Os dias de jejum são a Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira Santa.
Nos dias de abstinência, é proibido comer carne. Os dias de abstinência são: todas as sextas-feiras do ano e a quarta-feira de cinzas. No Brasil, a abstinência pode ser comutada (salvo na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa) por outras formas de penitência, principalmente em obras de caridade e exercícios de piedade. Uma penitência substituta permitida poderia ser: dizer um terço, a Via Sacra, visitar os doentes ou presos, etc. O mais aconselhável é guardar a tradicional abstinência.
Terceiro Preceito: Confissão dos pecados mortais ao menos uma vez por ano
A Santa Igreja insta-nos a confessar-nos freqüentemente, mas nos obriga a fazê-lo somente uma vez por ano para admoestar aqueles que possam ter a presunção da misericórdia de Deus, o que é um pecado contra o Espírito Santo. Os pais devem preparar seus filhos para a confissão tão logo a criança aprenda a distinguir o certo do errado (isto é, por volta dos sete anos de idade). A obrigação de se confessar uma vez por ano obriga somente àqueles que cometeram um pecado mortal e não se confessaram por pelo menos um ano.
Quarto Preceito: Receber a Santa Comunhão durante o período da Páscoa
O período da Páscoa para a comunhão pascal começa na Quinta-feira Santa e termina no Primeiro Domingo depois de Pentecostes (Festa da Santíssima Trindade). Entretanto, após ter recebido a Primeira Comunhão, é fortemente recomendado que se receba este magno Sacramento freqüentemente durante a vida (mesmo diariamente, se possível, como recomendado pelo Papa São Pio X).
Quinto Preceito: Contribuir para o sustento da Igreja e de seus ministros
Este preceito requer que cada um preste auxílio às necessidades materiais da Igreja conforme suas possibilidades.
Sexto Preceito: Observar as Leis da Igreja no que tange à celebração do Matrimônio
Casei-me ou ajudei alguém a se casar, sem a permissão da Santa Igreja, diante de um oficial do Estado ou de um Ministro protestante ou acatólico? Ou sem a dispensa necessária para os graus de parentesco proibidos? Ou com qualquer outro impedimento conhecido? Separou-se sem causa justa? Separou-se e juntou-se com outra pessoa, em segunda união?
Oração para depois da confissão
Pode-se rezar a seguinte oração após sair do confessionário:
Meu bom Jesus, quão bondoso sois! Oh! quem nunca vos ofendera! Apesar de ter sido tão ingrato para convosco, ainda me recebeis na vossa amizade. Podíeis ter me dado a morte, quando eu estava em pecado; podíeis ter me sepultado no inferno para castigar a minha ousadia em transgredir a vossa lei. Mas o vosso amor superou à minha ingratidão e trouxestes-me aos vossos pés para aí me pordes de novo em vossa graça e tranquilizardes o meu coração. Bendito sejais, ó meu Deus misericordioso! Não permitais que eu perca de novo a graça recebida! Antes morrer, que ofender-vos! Meu bom Jesus, minha Mãe Maria Santíssima, meu anjo da guarda, valei-me, para que não torne a pecar.
Método de Confissão
Penitente: “Abençoai-me, Padre, porque pequei.”
Sacerdote: “Que o Senhor esteja em teus lábios e em teu coração para que possas confessar bem todos os teus pecados. Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.”
Penitente: “Amém.”
Penitente: “Eu, pecador, confesso a Deus todo poderoso, à bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao bem aventurado Miguel Arcanjo, ao bem-aventurado João Batista, aos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, a todos os Santos, e a vós, Padre, que pequei muitas vezes por pensamentos palavras e obras, por minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa. Portanto, peço e rogo à bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao bem-aventurado Miguel Arcanjo, ao bem-aventurado João Batista, aos santos Apóstolos Pedro e Paulo, a todos os Santos, e a vós, Padre, que rogueis a Deus Nosso Senhor por mim.”
Penitente: “Minha última Confissão foi há…” (dizer a data da última confissão, ao menos aproximadamente)
Em seguida, o penitente se acusa de seus pecados, dizendo o tipo de pecado e as circunstâncias que podem mudar a espécie e se for grave, o número de vezes que o cometeu.
Depois da confissão dos pecados, o penitente diz:
“Acuso-me destes pecados, de todos os que não me lembro e dos de minha vida passada. Deles peço perdão a Deus, e a vós, Padre, a penitência e a absolvição.”
O Sacerdote faz uma pequena prática, dá os conselhos necessários e exorta o penitente à contrição e à confiança na misericórdia divina, incentivando-o ao amor para com Deus. Após as palavras do Padre, o penitente recita o ato de contrição:
“Senhor meu Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, Criador e Redentor meu, por serdes vós quem sois, sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque vos amo e vos estimo, pesa-me, Senhor, de todo o meu coração, de vos ter ofendido; e proponho firmemente, ajudado com os auxílios de vossa divina graça, emendar-me e nunca mais tornar a vos ofender; espero alcançar de vossa infinita misericórdia o perdão de minhas culpas. Amém.”
Ou:
“Meu Deus, porque sois infinitamente bom e amável, tenho muita pena por vos ter ofendido. Com a vossa graça, é o meu firme propósito não mais voltar a vos ofender. Amém.”
O sacerdote recita a fórmula de absolvição.
Sacerdote: “Ide em paz.”
Retirado do folheto Exame de consciência para confissão de adultos da Capela Nossa Senhora das Dores em Brasília.
Categorias: Doutrina católica, Regras da vida cristã
Tags: adultos, confissão, exame de consciência
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Publicado em: 14 de outubro de 2017.
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