Santa Joana Elisabeth Bichier

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Santos de julho

Santo do dia 16 de maio
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Santa Joana Elisabeth Bichier

Santa Joana Elisabeth Bichier

(† 1838)

Filha de pais nobres e piedosos, nasceu no castelo de Ages, França, em 1772. Jovem, entrou no convento das Irmãs hospitaleiras de Poitiers para completar os seus estudos e sua formação religiosa. Em 24 de dezembro de 1789 fez a sua primeira comunhão. Inteligência privilegiada, dotes físicos excepcionais fizeram com que o mundo a reclamasse para os seus ideais, sem, entretanto, o conseguir. A revolução de 1789 obrigou-a a emigrar, devendo arrostar com mil perigos preparados pelos inimigos da fé. A vida tornava-se verdadeiro martírio. Viam-se claustros destruídos, estabelecimentos de ensino e educação transformados em prisões; sacerdotes eram exilados ou guilhotinados só por terem ficado fiéis a Cristo. Homens, mulheres, de todo inocentes eram molestados em sua vida particular, porque amavam a Deus. Foi aí que Elisabeth deu prova da grandeza da sua alma. Nem fome, nem sede, nem intempérie puderam fazer seu coração vacilar. À noite, embora mil perigos a rodeassem, punha-se à marcha de léguas, por caminhos incômodos, para assistir à santa missa em cavernas escondidas, e receber a santa comunhão.

Nestas circunstâncias comungou das mãos de Santo André Humberto Fournet que veio a ser seu diretor espiritual e com ela fundador das Filhas da Cruz.

Terminada a crudelíssima época da Revolução, se dedicou ao apostolado do ensino cristão e da assistência aos enfermos. Com mais cinco senhoritas, como ela, almas sedentas de sacrifícios por Nosso Senhor, lançou os fundamentos da sua Congregação, que bem depressa se estendeu em Poitóu, nos arredores de Paris, e no Languedoc. O novo governo do estado ofereceu-lhes escolas em grande número.

Elisabeth era uma alma toda de Deus. Tinha sempre na mente a palavra de Santo Agostinho. "Deus é em que vivemos, nele trabalhamos e existimos". O divino Mestre purificou a sua serva da maneira mais forte.

Não lhe foi poupado nenhum tormento de corpo e alma; veio a conhecer bem os desânimos, as tristezas do jardim Getsemani e as dores da crucificação. Salva afinal do naufrágio deste mundo, alçou voo para o céu em 26 de agosto de 1838, na casa-matriz da Congregação em La Puye.

Sua obra foi largamente abençoada. Quando a fundadora fechou os olhos para este mundo, noventa e nove estabelecimentos, em pleno funcionamento formavam almas para Deus. Seu túmulo foi glorioso. Milagres de toda espécie se verificaram, que a Santa Igreja premiou com as honras da canonização. Joana Elisabeth Bichier des Ages foi canonizada junto com S. Miguel Garicoits, em 6 de julho de 1947 pela voz infalível de Sua Santidade o Papa Pio XII.

Referência: Na luz Perpétua, 5ª. ed., Pe. João Batista Lehmann, Editora Lar Católico – Juiz de Fora – Minas Gerais, 1959.

Comemoração: 16 de maio.

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