São Guido, Abade
(† 1046)
São Guido nasceu em Casemare, perto de Ravena, de pais piedosos. A boa educação que recebera, desenvolveu-lhe ainda mais a já grande inclinação à virtude e vida religiosa. Tendo terminado os estudos, dirigiu-se a Roma, onde recebeu a tonsura e mais tarde as ordens maiores. Seguindo seu desejo, retirou-se à solidão, onde se confiou à direção espiritual de um santo eremita, chamado Martinho, Os progressos que o jovem eremita fazia na perfeição evangélica, mereceram os maiores elogios do mestre, o qual decorridos três anos, o mandou para o mosteiro de Pomposa. Também no convento, Guido foi modelo de perfeito religioso, o que levou a comunidade a elevá-lo à dignidade de abade, cargo que ocupou durante 48 anos, a contento de todos. Uma das maiores satisfações que teve, foi ver o próprio pai e os irmãos entre os religiosos confiados à sua direção. As contrariedades não lhe abatiam o espírito, e os trabalhos e ocupações obedeciam a uma ordem fixa, que era observada pontualmente. Festas e divertimentos profanos não o atraiam. No comer e beber observava temperança tal, que, sem exagero, se podia dizer que praticava contínuo jejum. A regra da casa era por ele conscienciosamente observada. Não perdia ocasião de manter no convento o bom espírito e de proporcionar aos filhos os meios de santificação. A convite do Santo, vinha São Pedro Damião, de tempo em tempo, pregar aos religiosos retiros e dirigir outros exercícios espirituais.
Pouco antes de morrer, se dirigiu à solidão, para dedicar-se mais sossegadamente à preparação para a morte. Quando Henrique III, em 1046, foi a Roma receber a coroa imperial, pediu a Guido que o acompanhasse, na qualidade de conselheiro particular. Guido não pôde subtrair-se a esta incumbência, mas ao retirar-se do convento, deu a entender aos monges que não o veriam mais. Na viagem de Parma a Borgo, S. Guido adoeceu gravemente e morreu. Por ocasião de sua morte, um homem cego de Parma, recuperou a vista, depois de ter invocado a intercessão do santo abade. Em vista deste e de outros milagres que foram observados, os parmasenses não quiseram restituir ao convento o corpo do santo superior. Os religiosos apelaram para a autoridade do imperador. Henrique, depois de coroado em Roma, levou consigo as relíquias de São Guido e depositou-as na Catedral de Spira, a qual de São João Evangelista, como se chamava, ficou sendo conhecida sob o título de São Guido, Wido ou Guy.
Reflexões
1. São Guido era amigo da ordem e da pontualidade, tendo para tudo horas e minutos marcados. A ordem é de muita importância na vida doméstica, como na vida religiosa, e S. Paulo recomendou-a aos Coríntios, dizendo: "Fazei tudo com ordem". Deus também é amigo da ordem e aborrece a desordem. Na grande obra da criação, no universo, em todos os reinos da natureza, há a maior ordem. Havia ordem no culto do templo; Deus mesmo tinha ordenado as cerimônias e sacrifícios, que obedeciam a um regulamento minucioso. Jesus Cristo tinha a vida bem em ordem, o que se vê claramente por estas suas palavras: "Minha hora ainda não chegou". — "É esta a vossa hora e o poder das trevas", — É muito recomendável que tua vida também obedeça a uma ordem fixa. A ordem na vida é de vantagem extraordinária para tudo. Uma casa onde não reina ordem, onde hoje se levanta e deita cedo, amanhã tarde: onde hoje se trabalha, amanhã, não; onde não se tem hora para as refeições, muito menos para as devoções, uma tal casa se assemelha muito ao cárcere dos condenados, de que a Bíblia afirma que nele não há ordem alguma, mas muita desordem e desassossego" (Job. 10, 22).
2. Outro ponto em que S. Guido nos pode servir de exemplo, é a pontualidade da oração quotidiana. Não dispensava a oração, houvesse o que houvesse. Muitos cristãos da oração só se lembram em último lugar, quando o mandamento de Jesus Cristo é que rezemos sempre. Para tudo se tem tempo, menos para a oração; de tudo se trata, menos da oração, sendo ela a primeira cousa que se dispensa. Não é a oração mais necessária que o alimento? Há na vida alguma coisa, que nos seja tão necessária e indispensável como a oração? Observa o conselho que Santo Agostinho nos dá: "Marca horas certas para os negócios de tua alma! Destina um tempo determinado àquele que te deu o tempo, isto é, Nosso Senhor". "Se és capaz de passar o tempo todo, ocupando-te em coisas inúteis, porque não dedicas uma horazinha também aos interesses da alma?" (S. Crisost.)
Santos, cuja memória é celebrada hoje
Em Técua, na Palestina, (ao sul de Bethlehem) Amós, o 3º dos profetas menores, que apareceu no tempo de Jeroboam II. Suas profecias visam o triste estado do reino de Judá. Morreu vítima do rancor dos seus inimigos, e é pela Igreja Católica contado entre os mártires.
Na Tunísia os santos mártires Teodulo, Anésio, Felix, Cornélia e outros.
Na Pérsia o santo diácono Benjamin, mártir.
Referência: Na luz Perpétua, 5ª. ed., Pe. João Batista Lehmann, Editora Lar Católico – Juiz de Fora – Minas Gerais, 1959.
Comemoração: 31 de março.
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