Santo Isidro

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Santos de julho

Santo do dia 11 de maio
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Santo Isidro

Santo Isidro, Lavrador

(† 1130)

De todas as ocupações, a mais necessária e mais útil é a do lavrador. Santificada já pelo exemplo dos patriarcas, oferece mil ocasiões de praticar as virtudes. O lavrador possui como os eremitas, todos os meios de salvação, sem, como eles, se retirar ao interior dos desertos. A vida de Santo Isidro é disto prova eloquente. Santo Isidro nasceu em Madrid.

Os pais, pobres de fortuna, mas tanto mais ricos em virtude, comunicaram ao filho o espírito de temor de Deus e educaram-no bem cristãmente. A pobreza não permitiu que Isidoro frequentasse a escola. A assistência, porém, do Espírito Santo, merecida pela extraordinária humildade, substituiu-lhe perfeitamente a falta de livros e da ciência, os quais nem sempre adiantam o homem na santidade. Isidro, ávido do conhecer as verdades da santa religião, não perdia ocasião de ouvir a palavra de Deus, que tão profundamente lhe calava na alma.

A paciência nas contrariedades, o modo afável de tratar o próximo, a prontidão em, perdoar as ofensas, a fidelidade no cumprimento dos deveres, o respeito e a modéstia e antes de tudo, a grande caridade para com todos, fizeram com que conseguisse uma completa vitória sobre todas as paixões.

Tinha um modo de vida que confundia aqueles que, para desculparem a falta de piedade, alegavam a estreiteza de tempo. Isidro transformava em oração os trabalhos e fadigas, sujeitando-lhes em espírito de penitência e na intenção de cumprir a vontade de Deus.

O trabalho no campo era que mais ocasião lhe oferecia, de elevar o espirito a Deus. Enquanto a mão lhe dirigia o arado, sua alma se achava em colóquios com Deus e os Santos do céu. Quanto mais chorava as misérias humanas, tanto mais desejava as alegrias e consolações da celestial Jerusalém. Isidro era tão senhor da língua, que nunca dos lábios se lhe ouviu uma palavra sequer de impaciência ou queixa. A boca transbordava-lhe de louvores a Deus e agradecimentos à divina graça. Nunca mudou de patrão. Com o patriarca Jacob podia dizer: "Passei as noites vigiando, passei frio e calor para aumentar os teus bens. Pouco possuías, quando entrei em teu serviço e vê agora como estás rico". (Gen. 30, 30). João de Vagas, assim se chamava o patrão, soube avaliar bem o tesouro que possuía em Isidro, a quem dedicava uma amizade de irmão, seguindo assim o conselho do Eclesiastes: "Como a tua alma ama e estima um empregado prudente". Conhecendo bem o espírito de Isidro dava-lhe toda a liberdade de ouvir Missa todos os dias. Isidro se levantava cedo, para poder conciliar as normas da vida religiosa com as obrigações do estado.

Embora pobre, dava aos pobres esmola, repartindo com eles o ordenado.

Contraíra matrimônio com Maria Turíbia, tanto quanto ele, piedosa e santa. O único filho desta união morrera e o casal resolveu viver em perfeita abstenção e castidade. Maria Turíbia morreu em 1175 e goza na Espanha de veneração de Santa. Esta devoção foi reconhecida e aprovada pelo Papa Inocêncio XII.

Caindo gravemente doente, Isidro predisse a sua morte, para a qual se preparou com todo o zelo.

Deus chamou-o a si em 1170, tendo Isidro 60 anos.

Muitos milagres lhe confirmaram a grande santidade. Quarenta anos depois da morte, o corpo foi do cemitério transportado para a igreja de Santo André. Mais tarde depositado na capela do Bispo.

Isidro foi canonizado em 1622, pelo Papa Paulo V. O corpo repousa num caixão preciosíssimo e não apresenta até hoje o menor sinal de decomposição.

Reflexões

Lavrador e pobre, Isidro santificou-se, fugindo do pecado, praticando boas obras, sofrendo e trabalhando com paciência, observando os mandamentos da lei de Deus e da Igreja. Outra coisa não precisamos fazer, para chegar a santidade. Ser-nos-á impossível fazer o que fez Santo Isidro? É difícil fazer com pontualidade as orações prescritas? Receber os santos Sacramentos, ouvir com atenção a Santa Missa, sofrer com paciência, ser assíduo no trabalho, fazer caridade, evitar más companhias, observar os mandamentos da lei de Deus? Tudo isto Santo Isidro fazia e nada mais, e tornou-se grande na santidade. Examinemos, ponto por ponto, as nossas obrigações e digamos com sinceridade se podemos ou não fazer a mesma coisa. Deus não nega sua graça a ninguém e estado não existe em que a santificação seja coisa impossível.

Santos, cuja memória é celebrada hoje

Em Roma, na Via Salária, a morte do sacerdote-mártir Santo Antimo, figura saliente entre os cristãos no tempo da perseguição diocleciana. Atirado ao Tibre, foi salvo por um anjo. Mais tarde foi decapitado.

Na mesma cidade o mártir Evélio, da criadagem da casa de Nero. O martírio de S. Torpes, que teve ocasião de presenciar, fez com que se resolvesse a abraçar o cristianismo. Pouco tempo depois teve a mesma sorte de morrer por Cristo.

Em Grotaglie, na Itália, S. Francisco de Jerônimo, da Companhia de Jesus, missionário e um dos melhores oradores do seu tempo. O povo chamava-o apóstolo, o profeta, pai dos pobres e taumaturgo. Morreu no ano de 1716, em Nápoles.

Em Côco, no México, no ano de 1752, o martírio do franciscano José Francisco de Ganzabal.

Referência: Na luz Perpétua, 5ª. ed., Pe. João Batista Lehmann, Editora Lar Católico – Juiz de Fora – Minas Gerais, 1959.

Comemoração: 11 de maio.

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