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É uma virtude que pertence à virtude cardial da temperança e tem por fim moderar as nossas loucas aspirações de grandezas. Humildade vem de humus: terra. Humildade quer dizer: o que está abatido até a terra.
A virtude da humildade modera, regula as tendências da alma que deseja se elevar acima dos limites traçados pela razão e pela graça. É um conhecimento de si mesmo sem as ilusões do amor próprio. Uma luz que faz o homem se conhecer e conhecer melhor a Deus. É o desprezo de si até o amor de Deus, como o orgulho é o amor de si mesmo até o desprezo de Deus no expressivo dizer de Santo Agostinho.
Enfim “a humildade é a verdade” diz Santa Teresa. É um ato da inteligência e da vontade. A inteligência que conhece a sua miséria e pequenez e reconhece a grandeza de Deus.
A vontade que se abate e se humilha, enfim. Pode-se então definir a humildade: uma virtude sobrenatural que, pelo conhecimento que nos dá de nós mesmos, nos inclina a nos estimarmos em nosso justo valor, e a buscarmos o abatimento e o desprezo. Noverim me, noverim Te!, diz Santo Agostinho: "que eu me conheça, ó Senhor, e que eu Vos conheça!"
Autor: Padre Auguste Saudreau, O.P.
Autor: Monsenhor Ascânio Brandão
Edição: 1º
Páginas: 26
Editora: Editora Nebli
Formato: 14 x 21
Ano: 2017